quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Guapuruvu (espécie cultivada em nosso viveiro)



Nome Popular: Guapuruvu


Nome Científico: Shizolobium parahyba

Família:Caesalpiniaceae


Morfologia: Sua altura pode chegar até os 30m, apresenta tronco com casca lisa e acizentada quando adulto e na planta jovem sua casca é verde. Perde suas folhas no inverno e na primavera fica coberto de flores amarelas que são atraídas por abelhas; os frutos são do tipo legume e amadurecem no outono, cada um carrega apenas uma semente grande e lisa.

Forma de dispersão: através do homem e pelo vento


Reprodução: sementes
Utilidade/uso econômico: Sua semente é utilizada no Triângulo mineiro contra acidentes ofídicos; é uma espécies pioneira, indicada para plantios em áreas degradadas em razão do seu rápido crescimento. Sua madeira é pouco resistente, mas é muito utilizada na construção de canoas devido a sua leveza e facilidade de entalhe. É a árvore símbolo da cidade de Florianópolis (Santa Catarina).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Juçara


A Euterpe edullis, conhecida popularmente como palmeira Juçara, produz um palmito branco comestível, muito apreciado na região. Esta palmeira pertence à família Palmae, sendo encontrada principalmente em áreas remanescentes de Mata Atlântica.

A exploração acelerada e ilegal, sem uso de uma manejo adequado do seu palmito contribui para que a E. edullis seja uma das espécies mais exploradas da Mata Atlântica. Esse fato fez com que a ONG Fundação Biodiversitas-responsável pela elaboração da "Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção"- classificasse-a na categoria de "Perigo de Extinção".

Os frutos da Juçara são pouco utilizados e do despolpamento deles origina-se um produto semelhante à polpa do Açai, uma palmeira do mesmo gênero (Euterpe oleracea-Norte do Brasil).

A exploração sustentável dos frutos da palmeira Juçara pode ser uma atividade mais lucrativa do que a extração do seu palmito. Para se ter uma idéia, um tolete de palmito (aproximadamente uns 70 cm) pode ser vendido por R$5,00. Já com a coleta dos frutos, o produtor pode receber mais de R$ 25,00, com a venda da polpa e das sementes resultantes do processo de despolpa.

A polpa da Juçara, assim como a do Açai, pode ser utilizada na forma de alimento: na tigela, sucos, sorvetes, cremes, iorgutes, molhos e licores. Pesquisas mostram que a polpa da Juçara apresenta composição nutricional compatível e para alguns nutrientes até superiores ao Açai do Norte do país. COm relação aos minerais, os teores de ferro, potássio, e zinco da Juçara foram 70,3%, 65,7% e 20,8%, respectivemente, superior ao encontrado no Açaí.

A cor roxa escura dos frutos da E. edullis é devido à presença de antocianinas, que pertencem ao grupo dos flavonóides , com potencial antioxidante e anti-inflamatório, além de inibir a oxidação do colesterol LDL, o que diminui os riscos de doenças cardiovasculares e de câncer. As antocianinas podem ser utilizadas como corante natural e na dieta humana, suas principais fontes são as frutas (açai, ameixa, amora, cereja, uva,maçã,etc). A Juçara apresenta quantidades superiores de antocianina comparada a outras frutas tropicais e de teores semelhantes e, às vezes, até superior ao Açai das palmeiras do Norte brasileiro.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB)


O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB), criado em 1971, é uma Unidade de Conservação de proteção integral, que abrange os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, percorrendo municípios como: Angra dos Reis, Paraty, São José do Barreiro, Ubatuba, Cunha, Areias. Foi criado com o objetivo principal de proteger as últimas áreas de Mata Atlântica e ecossistemas marinhos do litoral sul-fluminense. Sua sede está localizada em São José do Barreiro/SP.

A história da unidade é a própria história da colonização do Brasil. A região foi primeiramente explorada pela caça, depois, pelo ouro e diamantes (nas Entradas e Bandeiras), servindo com suas trilhas para envio destas riquezas a Portugal. Estas trilhas mais tarde foram usadas para a entrada de cana-de-açúcar e café no Vale do Paraíba. Algumas delas foram alargadas e receberam calçamento feito pelos escravos, para permitir o escoamento da produção já em carretões de tração animal. Hoje estas trilhas constituem o grande atrativo deste Parque.


O PNSB faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e faz parte do Mosaico da Bocaina, que é considerado o mais significativo remanescente brasileiro do bioma da Mata Atlântica. O grande diferencial do Parque está em seu enorme gradiente altitudinal, que vai de áreas marinhas em Paraty/RJ, até os 2.088m do Pico do Tira Chapéu/São Paulo.


A vegetação vai desde formações costeiras até campos de altitude; várias epífitas raras, muita madeira-de-lei (Canela,Cedro, Araribá, Jequitibá) e abriga ainda alguns exemplares de palmito Juçara (Euterpe edulis), espécie ameaçada de extinção. Sua grande extensão permite a sobrevivência de animais de grande porte e ameaçados de extinção como: mono-carvoeiro, sagüi-da-serra-escuro, bugio e felinos diversos. A principal bacia hidrográfica é a do rio Mambucaba e abriga belas cachoeiras (Santo Izidro,Veados, Posses).


Referência:

Plano de Manejo do PNSB